domingo, 19 de setembro de 2010

a hora da estrela

sabe que após ficar um dia sem net, devido a uma falta minha de escola, tive um dia meio que diferente? er, tipo,  eu tava com muito sono e no sábado não fui pra aula do pré-vestibular, meu pai ficou chateado e me botou de castigo, *1 dia sem net, qtal?*. Enfim, levei na esportiva, até porque estava errado, faltar aula realmente é errado. Buuuuuuuut, fiquei pensando o que fazer, tirei um pequeno cochilo, pra variar. Acordei, sonhei nenhum sonho. Aqueles típicos sonhos em que nunca nos relembramos de nada. #quebom. Ahh, depois disso liguei a tv e fiquei vendo uma entrevista de Marília Gabriela a Thiago Lacerda. Pow, muitas vezes passo parte do meu dia na intenet e perco uma imensidão de coisas interessantes aqui fora. Nunca iria passar algum tempinho a tarde de um sábado em casa vendo TV, vendo um programa super cool. 

Depois comecei a folhear uns livros meus aqui na minha estante. E peguei um, chamado **Laços de família, um dos meus livros favoritos. É um livro de contos, contos que em sua maioria, direta ou indiretamente, tratam dessas relações familiares, desses laços que são de afeto, sobretudo de aprisionamento, de necessidade. Adoro também sua escritora, a musa da literatura brasileira, Clarice Lispector. Outro livro seu genial é o A hora da estrela, seu último livro, pouco antes de sua morte. Narra a história da pacata, inócua, virgem e fútil Macabéa. Livro que lhe consagrou como escritora pré-modernista, de fato. Que após anos de sua morte foi adaptado para um filme, com o mesmo nome, dirigido por Suzana do Amaral.


Lispector nunca foi essa pessoa amável e preocupada com sua imagem social. Até porque mal se considerava uma escritora, sempre deixou bem claro que era uma verdadeira amadora. Era uma pessoa comum e direta, mãe de família, dona de casa. Tinha o ato de escrever não como uma obrigação, mas como uma necessidade. Certa vez em uma entrevista foi perguntada o porquê de escrever. Respondeu com outra pergunta: por que você come? É dessa égide que Clarice escreveu, dessa necessidade de expor, sobretudo de auto expor. Toda sua obra é uma autobiografia  não programada. Ela se descrevia em cada personagem. Sua escrita sempre tão simples levava consigo uma imensidade de coisas indecifráveis. Por isso é tão criticada pelos olhos ignorantes de certos e tão valorizada pelo mesmo aos olhos de pessoas disponíveis a entende-la. É de fato um  paradoxo

Para completar esse meu dia, a noite, onde normalmente fico na net, fui à casa de uma amiga minha, ficamos jogando UNO, comemos pastel, e conversando besteiras. 

********Moral da história: Um dia realmente diferente... Há males que realmente fazem o bem. Perdi um dia de aula e fiquei sem net, mas por outro lado, curti um dia interessantíssimo. 
fikdik

uma ótima semana para todos vocês, manolo

Um comentário:

  1. Eu li apenas 2 livros de clarice - "A vida íntima de Laura" e "A paixão segundo G.H.".. foi uma ótima leitura.. mas achei a Clarice um tanto depressiva.. Boa postagem!!..

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